Esta é a primeira vez que te escrevo assim, olhos nos olhos.
Espero que me entendas, Pedro.
Há dias, tomava café algures na zona de Santa Apolónia, ali onde dizes que vais construir um Casino. Estava numa pausa de uma das minhas deambulações pela cidade, num daqueles dias ledos, em vias de chove/não chove, quando, ao meu lado, ouvi uma conversa - adoro ouvir conversas e permanecer assim tipo "zombie" olhando o infinito - ouvi a conversa que aqui te reproduzo.
Eram todas jovens, eram todas lindas, muito lindas, como a cidade que apregoas andar a construir. Estavam num intervalo das suas aulas no ISPA - Institudo Superior de Psicologia Aplicada, ali mesmo ao lado. Falavam de ti, Pedro. Soube então que, desde que o ano lectivo teve início, lhes andas a rebocar os carros estacionados nas imediações. De facto, pude constatar que na Rua Jardim do Tabaco, para que Alfama fique "LINDA"(?) cortaste a possibilidade de estacionar num dos sentidos. De facto, as 3000 pessoas que ali trabalham/estudam todos os dias, também usam (usavam) o, ali próximo, estacionamento pago que desde o final dos anos 90 existe junto ao rio.
Mas que foi que fizeste, Pedro?
No Verão, quando poucos por cá estavam, deste dois golpes de uma assentada. Bloqueaste metade da rua Jardim do Tabaco e puseste um OUTDOOR a informar os moradores e comerciantes de Alfama que podiam estacionar no referido parque, a preços de saldo.
Não sabes no que te meteste, Pedro.
As lindas jovens de que aqui te falo estavam furibundas contigo. Usaste-lhes o estacionamento para fazeres a tua campanha eleitoral. Colocaste um OUTDOOR a informar 75 pessoas do bairro que agora é que era (bastava fazeres um mail que ficava muito mais barato) e nem sequer mediste as consequências.
Elas, as mães delas, os pais e os professores delas, desde há um mês não param de pensar. Querem ir-te às fuças. Não te perdoam o método que usaste. Se encontram a tua fotografia num qualquer boletim de voto,... vingam-se.
Foi o que ouvi, Pedro.
Diverte-te
A VERDADEIRA IDENTIDADE DE O MEUPIPI
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Soubemos que está a ser editado um novo e bombástico OUTDOOR de PSL.
Com ele, o Mayor de Lisboa pretende reagir à campanha suja que, contra si, o DNA lançou neste fim de semana.
Aqui fica um pequeno fragmento. Aguardemos.
Lisboa - Pura diversão
1 - A oposição (PS/PCP/BLOCO) tem a maioria na AM de Lisboa. PSL não suporta isso. Assim não dá,... e vai daí, teve uma pulsão.
2 - PSL faltará, de futuro, a todas as reuniões da AM de Lisboa onde os assessores disseram, com um total desplante, que ele, de futuro, dará as suas explicações através da SIC!!! A Assembleia Municipal passará agora a ser feita por videoconferência alargada, a partir de Carnaxide! Será, por isso, criado um novo canal SIC-AM.
3 - PSL faz contas, faz contas, faz contas e admite já vir a celebrar um contrato com a estação, de modo a garantir financiamento para a sua campanha eleitoral para a Presidência da República.
4 - Balsemão, entretanto, ensaia um hipotético novo modelo de estação oficial da Presidência da República, a SIC-PR, para o caso de, por total absurdo, essa patética coisa ganhasse as eleições.
5 - Por fim, E. Rangel seria investido como mandatário de PSL. Poderia assim esforçar-se, de modo a garantir o epílogo da sua profecia de 1993. "Eu sou até capaz de vender presidentes".
Todos seriam ganhadores. Lisboa, Portugal,... o Mundo, ficariam "mais lindos".
Lisboa - Pura diversăo
Faltam 48 horas para que o Arquitecto Jean Nouvel apresente a sua comunicação na Feira de Imobiliário de Barcelona - Barcelona Meeting Point. O enfoque das suas palavras centrar-se-á na problemática da relação cidade-promotor-sociedade-arquitecto.
"What are the essential, key, questions that an architect makes himself when facing a new project in the light of historical and political factors affecting the site or the city but also in the light of historical and political factors affecting "architecture" itself? And, will these factors change, evolve, in the future? And, what will the "sustainability" factor mean for an architect when designing a new project? And, what will sustainability mean for the developer? No question we are heading into a new architectural age in which some aspects of the relationship society-city-developer-architect can be not clear enough. One of the world's greatest current architects, Jean Nouvel, will try to make this clearer and forecast where tomorrow's architecture will be like".
A comunicação de Nouvel será antecedida de uma Introdução, feita por PSL em representação da Câmara Municipal de Lisboa.
Num certame desta natureza, em que a organização do painel de comunicações e participantes ocorre entre um ano a seis meses antes da realização do evento, é fácil perceber que o nosso alcaide previa apresentar em Barcelona a fórmula de sucesso da engenharia financeira encontrada para o Parque Mayer. Era um óptimo momento para vender o projecto de Frank O. Ghery na estranja. Seria a ginja na ponta do bolo.
De que falará PSL? Talvez de.... pombos?
Mais informações sobre a Feira de Barcelona, estão aqui
Li na revista VISÃO ontem posta à venda: «Quando Cavaco Silva substituiu Teresa Gouveia por Pedro Santana Lopes, na Secretaria de Estado da Cultura, o acutilante realizador João César Monteiro exclamou: - É o mesmo que trocar uma Mona Lisa por um mono luso!». Agora que PSL é o Alcaide de Lisboa, façamos um pequeno ajustamento nas palavras de JCM.
MONO - substantivo masculino - objecto sem valor a que não se sabe o que fazer - (De origem obscura)
Copyright 2003, Porto Editora
LISO - adjectivo - coloquial - ficar liso , ficar sem dinheiro - (De origem obscura)
Copyright 2003, Porto Editora
Este título foi emprestado. Não resisto, pois acho que não encontraria melhor para reproduzir o que se está a passar na CML.
Só agora vem a público aquilo que todos já suspeitávamos.
- Não há dinheiro para pagar o projecto de Frank O. Gehry no Parque Mayer.
Bonito serviço!
Começo então a interrogar-me.
Se o CANAL 18 não avançar, se o ataque à Metropolitana esbarrar na lei, se o CASINO em Santa Apolónia for um nado morto - o que é que fica dos dois anos à frente da CML a fazer campanha eleitoral?
Talvez a campanha contra os pombos?!
Hoje já é quarta-feira e ainda não há decisões sobre a Metropolitana. Ontem na AML nada foi dito sobre o assunto. Assistiu-se antes ao já vulgar passeio turístico de PSL.
Será que já há decisões sobre os terrenos envolventes?
Acho que a CML podia vender tudo o que há para vender e fazer da Standard Eléctrica uma ilha. Os empreendedores imobiliários fariam o desejável cerco. Depois, os alunos passariam a aceder à escola através de um túnel.
Pois!
Faltam menos de 48 horas para que seja anunciada pela CML a solução encontrada para a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
O fascínio de PSL em abalar as estruturas dos edifícios classificados pelo IPPAR é já um vício antigo. Aqui se falou desse outro mega projecto de engenharia financeira que passa pelo transplante do Teatro Capitólio "para não importa onde", desde que seja libertado o espaço ocupado por este no Parque Mayer.
Agora é a vez do edifício da Standard Eléctrica, junto ao rio Tejo, projectado em 1945 pelo arquitecto Cottineli Telmo. A classificação do IPPAR destaca o edifício pela sua linguagem modernista aplicada a uma estrutura de produção industrial.
Ali se encontra sediada, desde há 12 anos, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a sua Escola, a sua Academia e restantes estruturas. O actual assédio perpetrado pela CML contra a Metropolitana é a face visível de uma estratégia mais vasta e complexa, cuja extremidade é, até hoje, o muito mediatizado ataque contra o seu fundador, o Maestro Miguel Graça Moura.
Aquando da famosa gaffe dos violinos de Chopin, quando PSL guiava os destinos da Cultura em Portugal, houve por parte daquela Secretaria de Estado um primeiro e incompreensível corte nas verbas a que esta estava obrigada como membro fundador da Metropolitana. Entretanto PSL saiu da Secretaria de Estado directamente para o mundo do futebol e daí para paineleiro na TV. Por fim, o homem aterrou nos areais da Figueira, onde aguardou por melhores dias. Entretanto a Metropolitana cresceu, deu frutos e hoje 36% dos músicos da sua Orquestra são oriundos da sua escola.
Mas o nosso Nerozinho voltou. Voltou, mas não esqueceu as caricaturas, a chacota e as anedotas que sobre si todos os estudantes, músicos e demais melómanos, na altura, construíram.
- A vingança serve-se fria.
PSL sabe que os terrenos envolventes à velha fábrica de componentes eléctricos valem milhões. Sabe que as vizinhas oficinas da Carris estão, desde há muito, na mira de empreendedores imobiliários.
Na próxima terça-feira, se for PSL a aparecer na conferência de imprensa, saberemos que o plano de ataque já está definido e suficientemente avançado. A cabeça do maestro rolará.
Mas se mandar uma Santanette substituí-lo, é porque as suas fundamentações são ainda frágeis, o IPPAR não está a ir em cantigas... e Miguel Graça Moura vai poder continuar a trabalhar por entre minas e armadilhas.
Lisboa - Pura diversão
Acabei de passar na Av. Duarte Pacheco. Por pouco não estive envolvido na grave acidente que agora mesmo ali aconteceu. Ainda a procissão vai no adro e já se sente no ar o stress que esta obra (e a sua conclusão) vão determinar nos condutores que por ali entram e saem da cidade. Até um leigo na matéria fica horrorizado, só de imaginar as pendentes que vão ser criadas. Nunca é tarde para protestar contra a construção deste "aborto", há tempos aqui apelidado de CANAL 18
Vale a pena entrar na página da CML e ali votar contra a construção deste túnel.
Pode parecer uma ideia ingénua. Só não quero é contribuir para que PSL se sirva deste questionário e, mais tarde, venha dizer que os lisboetas votaram favoravelmente o seu Túnel/Referendo.
A todos, as minhas desculpas pela ocupação deste blog com questões desviantes.
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Meu caro JPH
Quero reafirmar aqui que achei o seu post simplesmente P A T É T I C O.
O seu texto não tem ponta por onde se lhe pegue. O texto que o vem substituir, em modo de arrependimento, ainda faz pior.
Se me servi do primeiro, para criticar a política de PSL na Câmara Municipal de Lisboa, foi porque achei que tal associação fazia sentido. Não consigo de novo calar-me perante a insanidade revelada no segundo.
Em três meses de existência deste blog, foi a primeira vez que saí a terreiro, afastando-me um pouco da sua razão de ser (...) e comentando pela negativa um texto de um vizinho da blogosfera.
A questão que coloca, sobre o anonimato, já foi comentada pela gabardina.
O meu anonimato é maior do que o seu? Certo! Qual o problema?
Contudo, as suas responsabilidades são maiores do que as minhas. Percebe?
Qual o respeito que os leitores do Público vão ter pelos seus textos se um dia tiver que escrever sobre o meritório trabalho de Manuel João Ramos e da ACAM (Associação de Cidadãos Automobilizados)?
Você ainda não se deu conta que eu só fiz o post - TUNING - porque sei que você escreve para um jornal que eu pago para ler.
Fique com esta imagem cujo título podia ser - LUZ E SOMBRA - em visão metonímica da blogosfera.
Adieu.
